Testes sintéticos aumentam a segurança dos negócios
O comércio digital, que ganhou ainda mais força após o período de pandemia da Covid-19, já é o formato preferido para consumo dos brasileiros, e vem crescendo ao longo dos anos. Para se ter uma ideia, somente em 2022, o faturamento do setor no país alcançou os R$ 262,7 bilhões, de acordo com levantamento da NielsenQEbit, que também apontou a alta de 24% no número de consumidores em e-commerce no Brasil, em comparação com o ano anterior.
Por outro lado, o que faz com que uma parcela da população ainda prefira fazer suas compras nas lojas físicas? Segundo pesquisas recentes realizadas por empresas do setor de e-commerce, cerca de 80% dos usuários digitais abandonam o carrinho online nos setores de moda, viagens e utilidades, e os motivos podem ser: valores de fretes elevados ou produtos mais caros; a falta de um certificado de segurança nos sites e apps; cadastros que necessitam de muitas informações e dados; meios de pagamentos limitados; e, ainda, as falhas técnicas, erros e lentidão das ferramentas. Para este último, é importante que sejam realizados os chamados testes sintéticos – que são capazes de verificar potenciais problemas comuns dos sistemas de forma imediata, mitigando a chance de impactar usuários reais. Esses testes também são valiosos para garantir consistência e confiabilidade das atualizações de software, novas funcionalidades e correções de bugs.
“O monitoramento já faz parte do processo de desenvolvimento de sistemas e é feito pelas empresas com a aprovação dos softwares em ambientes de testes e homologação, além de contar com o uso de ferramentas para análises de logs. O problema é que muitos dos erros e bugs só são identificados no momento das transações reais, realizadas pelos próprios usuários. É aí que entram os testes sintéticos como uma excelente solução para esta questão”, explica Daves Souza, CEO da SysMap Solutions, empresa especializada em apoiar a transformação digital por meio da integração de sistemas e referência em testes desse tipo.
O que são os testes sintéticos?
Os testes sintéticos são scripts que atuam de forma automatizada em ambientes de produção com o intuito de simular as ações dos usuários, com dados reais, escaneando e varrendo o sistema em busca de problemas de desempenho, falhas de segurança e bugs, em todas as situações e por meio de diferentes dispositivos. “É um acompanhamento ativo, realizado em tempo real, com envios de relatórios imediatos que auxiliam as equipes responsáveis a entenderem e solucionarem o problema da forma mais ágil possível”, complementa Souza. De acordo com ele, os testes sintéticos podem inclusive simular jornadas complexas que rodem em períodos de pico de tráfego, como o Natal. Isso ajuda a avaliar o desempenho do sistema, a identificar possíveis gargalos e corrigir o mais rápido possível, reduzindo os impactos negativos para o negócio.
Por que usar testes sintéticos?
Ainda segundo o relatório da NielsenQEbit sobre o e-commerce brasileiro, os varejistas nacionais já perderam o equivalente a 1,3 bilhão de reais devido a falhas no pagamento online ou no processamento de checkout. O objetivo dos testes é justamente encontrar e corrigir essas falhas de forma proativa e antes que elas afetem a experiência dos usuários e gerem prejuízos a empresas. “Em um mercado como o atual, cada vez mais competitivo, as organizações que souberem lidar melhor com essas questões, certamente estarão na frente, ganhando a preferência do cliente final”, alerta o executivo.
Na Black Friday deste ano, por exemplo, problemas de lentidão e instabilidade deram prejuízos a algumas lojas virtuais. Segundo a Sofist, empresa que monitora o desempenho de e-commerces durante o período, foram 98,3 milhões de reais perdidos por conta de falhas no funcionamento de sites e apps – mais que o dobro do observado em 2022, quando a perda foi de 48,4 milhões. Ainda de acordo com estimativas trazidas pelo estudo, a cada hora que um e-commerce fica fora do ar são perdidos mais de 4,5 milhões de reais em vendas.
Os usuários no mercado online de forma geral esperam que, no mínimo, possam navegar em ambientes virtuais que sejam estáveis, seguros e protegidos de possíveis fraudes. Dessa forma, as empresas que quiserem crescer, se destacar e aproveitar a alta temporada de compras devem garantir ambientes com essas características: “é por isso que os testes sintéticos são cada vez mais indispensáveis para quem busca construir e consolidar a reputação de sua marca”, afirma. De acordo com Souza, a SysMap pode auxiliar nesse desafio, pois conta com um time qualificado e apto para atuar de acordo com o SLA que for mais adequado a cada operação. Além disso, a empresa possui expertise em metodologias inovadoras e Device Farm próprio, com ampla variedade de dispositivos físicos, seja para Android ou iOS.
Para quem não sabe, o Device Farm é um serviço de testes que pode ser usado para experimentos e interação com aplicativos do Android, iOS e na web. Ao simular transações sintéticas regulares, é possível identificar falhas no processamento de débitos, como transações não autorizadas, erros nos métodos de pagamento ou na integração com sistemas de processamento de pagamentos.
Esses testes também são valiosos ao garantirem consistência e confiabilidade das atualizações de software, novas funcionalidades e correções de bugs, e podem ser usados também para avaliar a segurança das transações. Isso inclui a validação de medidas como a criptografia e a identificação de possíveis vulnerabilidades que poderiam ser exploradas por atividades fraudulentas.
“Os testes sintéticos oferecem segurança, estabilidade e confiabilidade nas plataformas, o que garante não só o aumento nas receitas e nos lucros de quem investe no sistema, como também evita prejuízos importantes em períodos de alta demanda e tráfego no mercado digital”, finaliza o executivo.
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